Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Vale (BVMF:) assinou acordo com a Komatsu que visa desenvolver e testar, em parceria com a Cummins (NYSE:), nos próximos dois anos, caminhões fora de estrada movidos por uma mistura de óleo diesel , como parte das iniciativas da mineradora para cumprir as metas de redução de emissões nos próximos anos.
Com o acordo, a Vale deverá ser a primeira mineradora do mundo a operar com caminhões fora de estrada movidos a etanol no tanque, disseram executivos da empresa. O objetivo é que, após testes, seja possível promover gradualmente a conversão de veículos atualmente movidos apenas a gasóleo.
“Temos aqui um grande desafio que é substituir o diesel nas nossas operações, tanto nas minas quanto nas ferrovias, e então, no caso das minas, os caminhões fora de estrada são os (equipamentos) que mais emitem (CO2)”, A diretora de Energia e Descarbonização da Vale, Ludmila Nascimento, disse à Reuters.
Nos próximos dois anos, o projeto denominado Programa Dual Fuel prevê o desenvolvimento, testes e implantação de motores movidos a etanol e diesel, fabricados pela Cummins. Somente após esse período os novos motores começarão a operar nas minas.
Atualmente, a Vale consome cerca de 1 bilhão de litros de diesel por ano, metade desse volume nas minas e metade nas ferrovias, segundo dados da empresa.
Os caminhões adaptados utilizarão até 70% de etanol na mistura e, com isso, a perspectiva é de redução nas emissões diretas de CO2 em até 70% em relação aos veículos movidos apenas a diesel, disse Nascimento.
Pelo programa, os caminhões deverão receber dois tanques, um para etanol e outro para diesel, e a mistura dos dois combustíveis ocorrerá dentro do caminhão durante a operação.
As emissões de diesel das operações das minas respondem atualmente por 15% das emissões diretas de CO2 da Vale, segundo Nascimento. Hoje, a empresa possui cerca de 450 caminhões fora de estrada – com capacidades entre 230 e 290 toneladas – em operação no Brasil.
A opção pelo etanol se justifica porque já é um combustível adotado em larga escala no Brasil, com rede de abastecimento estabelecida, destacaram os executivos.
O diretor de Engenharia de Minas e Plantas da Vale, José Baltazar, explicou que a conversão dos caminhões poderá ocorrer quando sua manutenção for interrompida, o que ocorre cerca de três vezes ao longo de sua vida útil, de aproximadamente 100 mil horas. trabalhou, ou 20 anos.
O vice-presidente da Divisão de Equipamentos de Mineração da Komatsu, Ricardo Alexandre Santos, destacou que a aplicação de tecnologia na frota existente da Vale, sem a necessidade de aquisição de novos caminhões, é uma medida que também contribui para a eficiência no processo. de descarbonização.
“Você vai fazer um retrofit no motor, vai fazer uma regulagem no motor… não precisa trocar o caminhão, quer dizer, é algo sustentável em todo lugar”, destacou Santos.
A Vale não informou o investimento previsto com o projeto, mas fará parte dos já anunciados aportes de 4 bilhões e 6 bilhões de dólares para reduzir suas emissões diretas e indiretas (escopos 1 e 2) em 33% até 2030. A empresa tem como objetivo ao objetivo de alcançar emissões líquidas zero de carbono até 2050.
(Por Marta Nogueira)
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