O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira (10) que a votação da proposta de retomada do pagamento gradual da folha de pagamento em 17 setores da economia deverá ser realizada na próxima semana.
O acordo firmado entre Congresso Nacional, governo e representantes empresariais estava previsto para ser votado nesta quarta-feira, mas, segundo Pacheco, o relatório foi apresentado sem tempo para análise dos senadores.
“Agora, no último minuto, sem saber a opinião, não creio que será muito bem recebida”, disse aos jornalistas.
Anteriormente, Pacheco se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no Palácio do Planalto.
“Acho que poderia ser um possível acordo [votar na quinta], mas teremos na próxima semana”, observou Pacheco. O conteúdo do acordo tramita na forma do Projeto de Lei (PL) 1.847/2024, do senador licenciado Efraim Filho (União-PB), e é relatado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado. O acordo prevê a devolução gradual dos impostos sobre a folha de pagamento para determinados segmentos e municípios até 2028.
A reoneração começa no próximo ano, passando a contribuição patronal dos 17 sectores para a Segurança Social a ser feita da seguinte forma:
• 2024: isenção total;
• 2025: alíquota de 5% sobre a folha de pagamento;
• 2026: alíquota de 10% sobre folha de pagamento;
• 2027: alíquota de 15% sobre a folha de pagamento;
• 2028: alíquota de 20% sobre folha de pagamento e fim da isenção.
Para este ano, o regime de transição prevê um aumento da receita do governo federal que não envolva aumento de impostos, como forma de fazer face às compensações impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin.
Entender
Prorrogada até o final de 2027, após a aprovação de projeto de lei que cinco ministros do Supremo consideraram inconstitucional, a desoneração da folha de pagamento permite que empresas de 17 setores substituam a contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamento dos empregados, à alíquota de 1%. para 4,5% sobre a receita bruta.
Em vigor desde 2012, a isenção era uma política que, ao beneficiar empresas de diversos setores com redução de impostos previdenciários, tinha como objetivo fazê-las contratar mais trabalhadores.
No final do ano passado, o Congresso aprovou o projeto de lei que também reduziu a contribuição previdenciária dos pequenos municípios de 20% para 8% da folha salarial.
O presidente Lula vetou o texto, mas o Congresso derrubou o veto no final do ano passado.
Nos últimos dias de 2023, o governo editou medida provisória revogando a lei aprovada. Por não haver acordo no Congresso para aprovar o texto, o governo concordou em transferir o reembolso para projetos de lei.
Porém, no final de abril, a Advocacia-Geral da União recorreu ao Supremo Tribunal Federal.
O ministro Cristiano Zanin, do STF, acatou o pedido de suspensão imediata da desoneração da folha de pagamento e do auxílio aos pequenos municípios, e a decisão foi acatada pela maioria dos magistrados do tribunal. Desde então, o governo tenta chegar a um acordo com os 17 setores da economia, que deverá ser consolidado com a aprovação deste PL.
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