O grupo de trabalho (GT) de Empoderamento da Mulher do G20 concluiu, nesta quarta-feira (10), na sede do G20, em Brasília, a terceira reunião técnica do grupo, que contou com a presença de delegações de países membros e convidados, além de organizações internacionais.
Durante três dias, o Ministério da Mulher propôs discussões centradas em três eixos: equidade de género, que inclui autonomia económica e política de cuidados; confrontar a violência e a misoginia; e justiça climática.
A 3ª Reunião Técnica do GT Empoderamento da Mulher também iniciou as negociações sobre a Declaração Ministerial, que será apresentada em reunião ministerial no dia 11 de outubro.
Os presentes conduziram as discussões e tentaram chegar a consenso sobre vários pontos para a elaboração do documento internacional que deverá ser assinado pelas autoridades governamentais que compõem o bloco.
Após o encontro, a coordenadora do GT Empoderamento da Mulher, a secretária executiva do Ministério da Mulher, Maria Helena Guarezi, explicou que todos os países membros participantes consideram esta declaração conjunta fundamental, pois é a primeira vez que o G20 tem um grupo de trabalho com um compromisso efetivo com os direitos das mulheres e meninas.
Ela avaliou o momento sob a presidência interina do Brasil, que apresentou aos países do G20 a proposta da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), e que irá a ser lançado pelo Brasil, até novembro, no âmbito do G20.
“Os temas relacionados com a mulher interagem muito fortemente com esta aliança, porque a pobreza e a fome também têm sexo, também têm cor. Tudo isso foi tratado no nosso GT, que também tem um vínculo muito forte com essa entrega do governo brasileiro.”
Equidade de género
O coordenador do grupo de trabalho observou que outra questão fortemente debatida durante a terceira reunião técnica foi a necessidade de as mulheres participarem na governação global em igualdade de condições com os homens.
Ela acrescentou que estão sendo feitas articulações para que a equidade de gênero esteja presente nas discussões de todos os grupos de trabalho (GTs) e grupos de engajamento (GE) do G20 e citou o Business 20 (B20), que conecta empresários aos governos do G20; o P20, representado por líderes parlamentares; Sociedade Civil (C20), que traz recomendações e demandas da sociedade civil organizada; e Mulheres (W20), formada por mulheres voluntárias do meio acadêmico, do empreendedorismo e da sociedade civil.
“Também agendamos um evento conjunto com a Trilha Finance [do G20]que trará robustez ao processo de garantir que as nossas recomendações e directrizes, com as quais podemos concordar na nossa declaração [ministerial]também são bem recebidos pelos líderes [dos países].”
Política de cuidados
A liderança do Brasil no G20 deste ano procurou garantir o direito ao cuidado para todas as pessoas, promover o trabalho decente e remunerado para os cuidadores, aumentar a corresponsabilidade nessas atividades e reduzir a carga atual sobre as mulheres.
A secretária executiva do Ministério da Mulher, Maria Helena Guarezi, entende que discutir a política de cuidado no GT Empoderamento da Mulher do G20 e incluí-la na futura declaração ministerial representa uma mudança de paradigma para a sociedade e para a economia global.
“Não nos é possível continuar a ver os cuidados como uma questão separada e exclusiva do trabalho não remunerado, não remunerado e não reconhecido para as mulheres”, lamentou.
A política de cuidados foi também o tema central do seminário internacional sobre Trabalho de Cuidado e Sustentabilidade da Vida e da Economia, que terminou esta quarta-feira. O encontro de dois dias promoveu, em Brasília, debates com especialistas e troca de experiências entre representantes de delegações.
“Todos os membros do G20 discutiram o assunto. Quase todos os países apresentaram suas experiências, o que estão construindo a partir da política de cuidado. Isso nos enche de expectativa, porque quando todos fazem isso, fazem uma grande diferença. É interessante que todos os países olhem para isso, mais ou menos, da mesma perspectiva, respeitando a diversidade geográfica, climática, cultural e política de cada país.”
O novo GT
O grupo de trabalho do G20 para o Empoderamento das Mulheres foi criado em 2023 durante a presidência rotativa do bloco pela Índia. O GT reuniu-se pela primeira vez, em 2024, sob a presidência do Brasil.
Esta semana, a 3ª Reunião Técnica do GT Empoderamento da Mulher, em Brasília, contou com a presença de delegações dos países membros, além de seis países convidados (Bangladesh, Chile, Espanha, Noruega, Portugal e Singapura) e oito organizações internacionais: Corporação Andina de Fomento (CAF), Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ONU Mulheres, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Nações Unidas Instituto de Pesquisa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social (Unrisd) e Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os próximos passos do GT prevêem a realização de reuniões virtuais e presenciais para formular a versão final do documento que priorizará as ações e compromissos dos países para promover o empoderamento de todas as mulheres e meninas, eliminando todas as formas de violência contra elas e pela igualdade de gênero .
Pro tempore
No dia 1º de dezembro do ano passado, o Brasil assumiu a presidência rotativa do G20, em Nova Delhi, sucedendo à Índia. O grupo reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e, a partir deste ano, também a União Africana.
O mandato dura um ano. O lema da liderança brasileira do grupo no período é Construindo um mundo justo e um planeta sustentável, com o compromisso do Brasil em promover acordos justos que promovam o desenvolvimento econômico e social global.
A Cúpula dos Líderes do G20, que será realizada na cidade do Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro, marcará a conclusão do trabalho realizado pelo país.
O mandato anual do Brasil terminará em 30 de novembro. A África do Sul presidirá o G20 em 2025.
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