Hosam Badran, funcionário do Hamas, disse à AFP na quarta-feira (10) que os “massacres” israelenses em Gaza são reforçando as demandas do movimento islâmico palestino, uma vez que as negociações para um cessar-fogo estão prestes a ser retomadas.
Questionado sobre as operações israelitas na Cidade de Gaza – onde o exército intensificou a sua ofensiva nos últimos dias – Badran disse que Israel está a tentar “colocar pressão nas negociações através da intensificação de bombardeamentos, deslocações e massacres, na esperança de que a resistência [grupos armados] desista de suas demandas legítimas.
“Mas o resultado será o oposto, pois os massacres obrigam-nos a manter as nossas exigências para o fim da guerra e a retirada [de Israel] de Gaza”, acrescentou.
O exército israelita, que em Janeiro afirmou ter desmantelado a “estrutura militar” do Hamas no norte da Faixa de Gaza, realizou ataques nos últimos dias, forçando dezenas de milhares de pessoas a fugir.
Quatro escolas foram atacadas pelo exército em quatro dias, deixando pelo menos 49 mortos, segundo fontes em Gaza. Israel disse que seus ataques tinham como alvo “terroristas”.
O chefe político do movimento islâmico, Ismail Haniyeh, disse na segunda-feira que alertou os mediadores de que as “consequências catastróficas” dos acontecimentos atuais poderiam “levar as negociações de volta à estaca zero”.
Depois de meses de esforços infrutíferos, estão previstas novas discussões no Qatar para tentar chegar a um cessar-fogo e à libertação dos reféns ainda detidos pelo Hamas.
“Não podemos saber ao certo até onde irão as negociações, apesar da flexibilidade que demonstrámos”, disse Badran, acusando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de tentar “impedir que um acordo seja alcançado por razões puramente pessoais”.
A guerra eclodiu em 7 de outubro, quando comandos islâmicos mataram 1.195 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
O Exército Israelita estima que 116 pessoas permanecem em cativeiro em Gaza, 42 delas supostamente mortas.
Em resposta ao ataque, Israel lançou uma ofensiva em território palestino que matou 38.295 pessoas, também a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que é governado pelo Hamas desde 2007.
Veja também
EUA
Trump reaparece após 12 dias e desafia Biden para outro debate e uma partida de golfe
INTERNACIONAL
Defesa do ex-presidente Álvaro Uribe pede anulação das acusações de suborno
qual banco com menor taxa de juros para emprestimo
empréstimos banco do brasil simulador
empréstimo usando bolsa família
empréstimo descontado do salário
empréstimos para bpc loas
emprestimo descontado do salario
redução de juros de emprestimo consignado
consignado inss taxas
emprestimo consignado melhores taxas