O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou ontem o projeto de lei que define as novas regras para o tratamento das dívidas dos Estados à União. Segundo ele, o projeto prevê que entidades possam entregar ativos ao governo federal – por exemplo, empresas estatais – como forma de pagamento de seus passivos.
“O eixo principal é este. Existe uma dívida do Estado para com a União, e o Estado pode usar os bens que detém para pagar essa dívida”, disse Pacheco. Entre os tipos de bens mencionados pelo parlamentar estão recebíveis, créditos judiciais e participações societárias em empresas. As estatais poderiam ser federalizadas em favor da União, destacou Pacheco.
Minas Gerais, sede de Pacheco e um dos estados mais endividados, tem planos de transferir ativos como ações da Companhia Energética Minas Gerais (Cemig (BVMF:)), Copasa (BVMF:) e Codemig para o governo federal. Este montante ajudaria a reduzir parte da dívida bilionária do Estado. A opção de federalizar as empresas estatais já havia sido defendida por Pacheco.
O senador disse ainda que outra novidade do projeto é prever que os créditos inscritos na dívida ativa do Estado também possam ser transferidos para a União. “Há um artigo específico sobre esta possibilidade, obviamente dependente da aceitação da União”, disse.
Pelo projeto, o governo federal não poderá ser remunerado com juros pelo pagamento dessas obrigações. Segundo Pacheco, a proposta já estava alinhada com o Executivo. Hoje, o índice da dívida é o IPCA mais juros de 4%. O texto apresentado por Pacheco, por sua vez, abre caminho para que esses 4% sejam revertidos aos próprios Estados ou mesmo perdoados.
AS ALTERNATIVAS. Existem quatro possibilidades de redução:
1) Um ponto percentual poderia ser perdoado se o Estado entregasse os seus bens como pagamento e amortização num montante de 10% a 20% do valor da dívida. Haveria redução de 1 ponto percentual nos juros das ações.
2) Se o Estado entregasse mais 20% de activos para pagar o passivo, a redução de 4% seria de 2 pontos, explicou Pacheco. “Ou seja, é um perdão de 50% do valor dos juros, que cairia de 4% para 2%”, disse.
3) Além dessas opções, 1 ponto dos juros de 4% poderia ser para investimentos no próprio Estado – o que se assemelha à ideia original do Ministério da Fazenda apresentada no programa Interesse pela Educação. Neste caso, os investimentos poderiam ser na educação e na formação profissional, mas também em infra-estruturas e segurança pública.
4) Por fim, 1 ponto de interesse iria para um fundo de equalização, criado pelo projeto, para servir todos os Estados, incluindo aqueles que não estão endividados.
“Dessa forma, a configuração de juros teria parte para perdão, com esforço do Estado para entrega de ativos, outra parte destinada a investimentos no Estado, e parte para fundo de equalização. Isso garante a responsabilidade fiscal e que os Estados se organizem para pagamento da dívida e redução muito significativa do índice E com renúncia da União aos juros”, disse Pacheco.
SEM USO DE FUNDO
O presidente do Senado explicou que a intenção dos governadores de utilizar o Fundo de Desenvolvimento Regional, previsto na reforma tributária, como adiantamento da dívida, não pode ser concretizada. “Infelizmente, do ponto de vista legal e constitucional, existe uma proibição expressa desse uso. Pode ser utilizado naturalmente em contrapartidas: uma vez aderido ao programa de pagamento integral, o Estado terá que cumprir durante todo o relacionamento com a União” , ele explicou. .
Pacheco indicou que o projeto poderá ser adiado até agosto, dada a necessidade de debater o texto com senadores e governadores. “Vamos fazer o melhor esforço possível para fazer isso antes do intervalo. Mas, eventualmente, se for necessário transferir para agosto, não há problema”, afirmou.
A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
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