O projeto de lei que compensa a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e das pequenas prefeituras precisará cobrir integralmente o impacto das medidas, disse nesta terça-feira (9) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo o ministro, caso as medidas não aumentem o valor esperado, o governo executará a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina o fim do benefício fiscal.
“Encaminhamos propostas que abrangem [o impacto da prorrogação da desoneração da folha até 2027]. Infelizmente, se não cobrir, faremos cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal que determina o equilíbrio das contas. Não é fácil para ninguém pegar contas tão desorganizadas e reorganizá-las. Acabamos com um rombo orçamentário de mais de R$ 200 bilhões, com o pagamento de contas que deveriam ter sido pagas no governo anterior. Não é fácil fazer isso. Agora vamos colocar essas contas em ordem”, declarou Haddad.
Nesta terça-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, confirmou que o Plenário da Câmara votará o acordo entre representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para eliminar gradativamente a desoneração da folha de pagamento até 2027. Em troca, o Congresso aprovará um projeto de lei que aumente a receita e compense o impacto nas contas públicas.
Segundo estimativas da Receita Federal apresentadas ao STF, a desoneração da folha de pagamento reduz a arrecadação em R$ 26,3 bilhões em 2024. Desse total, R$ 15,8 bilhões correspondem a auxílios a 17 setores da economia; e R$ 10,5 bilhões, para ajudar prefeituras de pequeno porte. O Senado, porém, afirma que os valores estão superestimados e que o impacto para este ano seria de R$ 18 bilhões.
“[O projeto] representa uma boa forma de captação de recursos para o ambiente de negócios no Brasil. As sugestões que fizemos são a regularização de multas na Desenrola e agências reguladoras, a repatriação de recursos internacionais e a regularização de ativos nacionais. Essas medidas podem cobrir perfeitamente o custo da isenção, que é da ordem de R$ 18 bilhões em 2024”, disse Pacheco, ao confirmar a votação do projeto nesta quarta-feira.
Haddad reafirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está comprometido com a busca pela responsabilidade fiscal. “O presidente Lula fez uma declaração firme na semana passada de que temos que reestruturar o orçamento público, tanto do ponto de vista das despesas como do ponto de vista das receitas. Ele reafirmou seu compromisso de fazer com que esses números sejam alcançados. porque é isso que abre caminho para a inflação baixa, para o crescimento, para a criação de emprego, é isso que abre caminho para tudo o que está a ser feito”, declarou.
Dívida do Estado
Também nesta terça, o presidente do Senado enviou a proposta de renegociação das dívidas dos estados com a União, formatada após reuniões com governadores e membros da equipe econômica. Haddad disse que ainda não leu o conteúdo do texto e disse que a discussão busca evitar impacto primário nas contas do governo federal.
“O objetivo é que não haja impacto primário nas contas primárias do governo federal. Podemos garantir isso de qualquer maneira, caso contrário isso vai gerar uma série de problemas nas contas nacionais que não temos condições de cometer erros nesse sentido. Temos que fazer as coisas de forma muito adequada para que não haja impacto primário”, declarou o ministro.
O Ministério das Finanças admite alterar o índice que corrige a dívida do Estado de inflação oficial mais 4% ao ano para inflação mais 1% ao ano, desde que utilizem a diferença para investir na educação. O texto apresentado por Pacheco, porém, reduz a correção pela inflação, sem nenhum percentual adicional.
O projeto também amplia as possibilidades de os governos estaduais se beneficiarem da redução do índice. A proposta de Pacheco prevê redução de 2 pontos percentuais no índice para estados que transferem ativos para a União, como estatais. Quem contribuísse para um fundo de equalização a ser repartido entre entidades receberia redução de 1 ponto. Quem investisse em educação, formação profissional, infraestrutura e segurança pública no seu próprio estado beneficiaria de uma redução de mais 1 ponto.
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