Um dia após a Bolívia formalizar sua entrada como membro pleno do Mercado Comum do Sul (Mercosul), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpriu agenda oficial no país vizinho, nesta terça-feira (9), reunindo-se com o presidente Luís Arce e sua equipe de ministros na cidade de Santa Cruz de La Sierra, principal centro econômico e financeiro da Bolívia.
No final da reunião bilateral, os dois dirigentes fizeram declarações à imprensa. Lula disse que o encontro é a inauguração de uma “nova era” na relação Brasil-Bolívia e destacou a necessidade incontornável de integração regional entre os países do continente sul-americano.
“Não há solução individual para nenhum país da América do Sul. Ou nos unimos, formamos um bloco, tomamos decisões conjuntas e executamos as decisões, ou continuaremos por mais um século como países em desenvolvimento”, disse Lula. O presidente também listou uma série de acordos assinados, inclusive sobre acesso à saúde e combate ao crime organizado.
“Assinamos vários projetos para fortalecer a capacidade dos agentes públicos no combate ao tráfico de pessoas e de drogas e melhorar a gestão migratória. Também iniciamos negociações para permitir que os brasileiros tenham acesso à saúde pública na Bolívia e, da mesma forma, para que os bolivianos possam utilizar o Sistema Único de Saúde no Brasil”, listou.
Esta é a primeira vez que Lula visita o país vizinho em seu terceiro mandato. O presidente da Bolívia esteve no Brasil quatro vezes no último ano. Lula citou ainda os projetos de instalação de uma fábrica de fertilizantes na fronteira seca entre os dois países, entre Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e Porto Quijaro, e a construção de uma ponte binacional sobre o rio Mamoré, entre Guajará-Mirim, em Rondônia. e Guayaramerín, na Bolívia.
Sobre o tema da integração, Luís Arce afirmou que é preciso avançar nas ligações rodoviárias e ferroviárias entre os países, para encurtar as distâncias entre as saídas para os oceanos Pacífico e Atlântico.
“Uma das formas de enfrentar todos os problemas que temos na região é através da integração física das infra-estruturas [de] nós precisamos. Já avançamos em muitos temas, mas a integração física é o que menos enfatizamos. A Bolívia está no coração da América do Sul, está no coração entre o Atlântico e o Pacífico. Nós somos um jogador É importante que todos nós nos integremos e queremos ser esse processo de integração”, disse Arce. Acrescentou que o acesso mais curto para ambos os países passa pelo território boliviano.
Tentativas de golpe
Durante seu discurso, Lula voltou a falar sobre a tentativa de golpe militar ocorrida no final de junho, na Bolívia, que foi rapidamente contida pela reação popular e das autoridades.
“O povo boliviano já havia experimentado esse gosto amargo com o golpe de Estado de 2019 e agora se viu afetado pela tentativa de 26 de junho. Às vésperas de comemorar seu bicentenário em 2025, a Bolívia não pode cair novamente nesta armadilha. podemos tolerar devaneios autoritários e golpes. Temos a enorme responsabilidade de defender a democracia contra tentativas de retrocesso. Em todo o mundo, a desunião das forças democráticas só serviu à extrema direita”, disse o presidente brasileiro.
Por sua vez, Arce lembrou que a tentativa de golpe foi condenada por diversos líderes mundiais, mas destacou que a manifestação do Brasil teve um peso importante devido à representação de Lula. “O Brasil, para nós, representa um presidente que é um guia, que tem muita influência a nível global e sabe muito bem o que aconteceu no nosso país”.
Antes de retornar a Brasília, Lula também participa de fórum de empresários brasileiros e bolivianos em Santa Cruz, na tarde desta terça-feira.
BRICS e G20
Ainda durante seu discurso, Lula disse ter convidado a Bolívia para participar da cúpula do G20, em novembro, no Rio de Janeiro, que reunirá os líderes das maiores economias do planeta. “Fiz questão de convidar a Bolívia para participar da Cúpula do G20 em novembro e aderir à Aliança Global de Combate à Fome e à Pobreza, que será lançada pela presidência brasileira”, destacou.
O presidente boliviano também manifestou interesse em aderir aos BRICS, bloco formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, ampliado este ano para incluir Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. A Argentina, que também havia aderido ao bloco, acabou se retirando por decisão do novo presidente do país, Javier Milei.
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