Acusado por Policia Federal Na investigação que investiga o desvio de joias do acervo presidencial, o advogado do ex-presidente JairBolsonaro (PL) Frederick Wassef justificou ao governo americano que pagou US$ 49 mil (cerca de R$ 256,5 mil na época) em dinheiro por um relógio Rolex para fugir do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
A informação consta de um formulário preenchido pelo advogado quando recomprou o relógio em uma loja nos Estados Unidos, em março do ano passado.
“Pago à vista porque se eu usar outra forma, como cartão de crédito, o governo brasileiro cobra muito. [tradução literal]”, escreveu Wassef em um formato exigido pela lei dos EUA quando são feitos pagamentos em dinheiro superiores a US$ 10 mil.
A investigação da Polícia Federal mostra que Wassef viajou ao país para recomprar o relógio, que fazia parte do kit de ouro branco recebido pelo então presidente Bolsonaro como presente da Arábia Saudita em outubro de 2019.
A compra do relógio foi necessária para que o kit fosse devolvido integralmente ao governo brasileiro após exigência do Tribunal de Contas da União (TCU).
Em depoimento à PF em agosto do ano passado, Wassef admitiu que usou recursos próprios para comprar o relógio e reiterou que usou dinheiro para fugir do pagamento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), de aproximadamente 6,5%, e para conseguir desconto de quase US$ 9 mil.
Segundo a polícia, a justificativa “é pouco credível” dado o fato de o advogado ter na época uma conta bancária em uma agência do Citibank em Miami, com saldo de US$ 536,4 mil.
“Diante disso, a forma mais simples, fácil e segura de efetuar o pagamento da compra de um relógio Rolex seria uma simples transferência bancária para a conta da loja”, afirmou a polícia no relatório.
No dia da recompra do relógio, a PF destaca que Wassef recebeu uma mensagem do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, dizendo: “Estou com saudades”. O advogado então respondeu: “Estou lutando por você com a lealdade e o comprometimento que sempre tive”.
Também nesta data, o tenente-coronel Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de campo de Bolsonaro, enviou um e-mail para a loja onde estava o relógio informando o horário que Wassef estaria lá.
Na mesma data, Wassef ligou para Bolsonaro, o que, segundo a PF, mostra “a atuação coordenada e a consciência de todos os atos dos investigados”.
A polícia destacou que o advogado “fez uma videochamada com o ex-presidente Jair Bolsonaro logo após ele falar sobre a entrega do relógio Rolex ao tenente-coronel Mauro Cid”.
Em sua defesa, Wassef afirmou que foi aos Estados Unidos em março do ano passado “a lazer e a negócios”.
“Fiquei quase um mês no país, onde me reuni com diversos clientes, inclusive Jair Bolsonaro. Nesse período, também visitei pontos turísticos de Nova York, Orlando e Miami, como mostram as fotos e vídeos registrados por mim e que estão em meu poder da Polícia Federal Em relação às videochamadas que a PF afirma ter no meu celular com Jair Bolsonaro, é normal, já que sou advogado dele e estão sempre distorcendo as informações e tirando do contexto. me prejudicar”, disse ele em nota.
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