Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Petrobras (BVMF:) vai aumentar o preço médio de venda da gasolina às distribuidoras em cerca de 7% a partir de terça-feira, no primeiro reajuste do combustível fóssil em oito meses, ao mesmo tempo em que mantém o preço médio do diesel, o petrolífera informou esta segunda-feira.
Com o reajuste, o valor médio da gasolina Petrobras vendida nas refinarias aumentará 0,20 reais por litro, para 3,01 reais, informou a empresa em comunicado.
O último reajuste da gasolina da Petrobras havia ocorrido em outubro do ano passado, quando houve redução, enquanto o último aumento havia sido em agosto de 2023, segundo dados da empresa.
A empresa também elevou o preço médio do gás liquefeito (GLP), o chamado gás de cozinha, em 3,10 reais o litro, para 34,70 o botijão de 13kg. Foi o primeiro aumento de combustível desde março de 2022, enquanto a última queda ocorreu em julho de 2023.
O anúncio ocorre no momento em que os agentes de mercado apontam que os preços médios da gasolina e do diesel da empresa estão abaixo dos valores praticados no mercado externo.
A defasagem impacta o mercado, principalmente os importadores, já que o Brasil não é autossuficiente na produção desses derivados e, portanto, depende de compras externas.
“Esse ajuste ainda não é suficiente para eliminar a lacuna encontrada”, ponderou o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sergio Araujo, à Reuters.
Pelos cálculos da Abicom, a gasolina da Petrobras precisaria, na verdade, de um reajuste de 18%, ou 0,59 reais por litro, para ficar em pé de igualdade com o mercado externo.
Na mesma linha, a consultoria StoneX calculou a necessidade de um reajuste de 19,9%, ou 0,56 reais por litro, antes do anúncio, para atingir a paridade.
ATRASO
O chefe da área de petróleo, gás e renováveis da StoneX, Smyllei Curcio, destacou que há expectativa de aumento no preço do diesel da Petrobras, devido à maior dependência externa do combustível fóssil.
Para a StoneX, o diesel precisa de um reajuste de 8,4%, enquanto a Abicom calcula essa necessidade em 15%.
A Petrobras não faz reajuste nos preços do diesel desde dezembro.
Desde maio do ano passado, a Petrobras deixou de seguir compulsoriamente o chamado preço de paridade de importação (PPI), após a publicação de uma nova estratégia comercial, que visa considerar outras variáveis na precificação de seus produtos, com a promessa de ser a melhor opção para seus clientes e fornecedores, mas garantindo sua rentabilidade.
Desta forma, a nova estratégia permitiu à empresa manter os preços estáveis por mais tempo, num esforço para evitar a volatilidade.
Em maio, executivos da empresa afirmaram que a política de preços do diesel tem conseguido evitar o repasse da volatilidade do mercado externo para o mercado interno e também permite que a empresa continue lucrando.
Segundo eles, as margens do diesel foram pressionadas pelo aumento da mistura do biodiesel ao diesel, a partir do início de março, bem como pela entrada do diesel de origem russa, que chegou ao país com valores mais competitivos em relação ao diesel. aos concorrentes.
O repasse dos reajustes de preços da Petrobras aos consumidores finais, nos postos, não é imediato e depende de uma série de fatores, como margem de distribuição e revenda, acréscimo de biocombustíveis e impostos.
(Por Marta Nogueira)
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