A visita do presidente da Argentina, Javier Milei, ao Expocentro Júlio Tedesco, em Balneário Camboriú, foi um dos motivos pelos quais o evento de direita, CPAC, contou com 3,8 mil inscritos e pelo menos 4 mil presentes neste final de semana.
Milei em Balneário Camboriú
Sua entrada foi marcada por música argentina e gritos de torcedores brasileiros, como mostra o vídeo.
Além do presidente argentino, subiu ao palco o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); o governador catarinense Jorginho Mello (PL); o filho de Bolsonaro, Eduardo, que é um dos organizadores do evento (PL); senador Jorge Seif (PL); e o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PL).
Além disso, estiveram no palco o ministro da Defesa argentino, Luis Petri, e a secretária-geral da Presidência argentina, Karina Milei. Quem chamou ao palco o presidente argentino foi seu porta-voz, Manuel Adorni.
Vida longa a liberdade!
O presidente argentino criticou duramente países como Cuba e Venezuela, que acredita viverem numa ditadura. Em grande parte do discurso, que durou cerca de 30 minutos, Milei condenou o socialismo.
“Sabemos que o socialismo é um fenómeno empobrecedor e assassino. É um fracasso económico, político, cultural e social. A sociedade está dizendo que basta para o socialismo do século 21”, disse ele.
Defendeu a liberdade econômica e a iniciativa privada, seguindo discurso semelhante ao da direita brasileira.
“A Argentina precisa de mais trabalho e melhor qualidade, não menos. É claro que a única forma de haver mais trabalho é com mais e melhores empresas. E ainda assim eles se opõem a isso. Por outras palavras, estão dispostos a prejudicar milhões de trabalhadores argentinos para que o governo falhe. Por isso, também fizeram o possível para boicotar a promoção de investimentos, que não vinham com a segurança jurídica que eles próprios geravam. É preciso lembrar um facto óbvio: sem investimento privado não há verdadeira actividade económica”, acusou.
No final do seu discurso, o presidente da Argentina lançou a frase que o tornou famoso internacionalmente – “viva la libertad” -, que foi entoada repetidamente pela grande maioria dos presentes. Antes de sair do palco, ele abraçou o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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