O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou neste domingo que Jair Bolsonaro (PL) sofre “perseguição”. Na primeira vez no Brasil desde que foi eleito, ele participa da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Balneário Camboriú (SC) e foi recebido no país pelo ex-presidente. Milei não se reunirá com o presidente Lula (PT).
Milei subiu ao palco às 16h55, e foi recebida com aplausos e gritos de “Lula, ladrão, você pertence à prisão”. Agradeceu a Bolsonaro o acolhimento e disse que se sente “em casa e é sempre bom estar entre amigos”, e disse que a Argentina sofreu com o socialismo nos últimos 20 anos.
— E ainda assim, a catástrofe argentina pode ser considerada um caso intermediário, porque por mais que tentassem, nunca conseguiram implementar de uma vez por todas o programa socialista porque encontraram um povo que protege a propriedade privada e resiste a ser dominado — disse ele . — Vejam o que aconteceu na Venezuela, vejam o que aconteceu na Bolívia quando Evo Morales venceu pela terceira vez, vejam a perseguição que nosso amigo Bolsonaro sofre aqui no Brasil, e vejam o que está acontecendo na Bolívia, um falso golpe de Estado. estado.
Milei chegou ao Brasil por volta das 23h deste sábado (6), e está hospedada no Hotel Mercure, no centro de Balneário. Ao chegar, foi recebido com abraços por Bolsonaro, pelos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). Na manhã deste domingo, o argentino se reuniu com empresários e políticos de direita. Ele deixará o país neste domingo.
O presidente do país vizinho era a atração mais esperada da conferência, inspirada na megaconferência de mesmo nome organizada nos EUA desde a década de 1970, e trazida ao Brasil pelo Instituto Conservador-Liberal, think tank dirigido por Eduardo Bolsonaro e empresário Sérgio Sant’Anna. A conferência deste ano foi considerada “a maior da história” pelos organizadores e, além de Milei, contou com outras presenças internacionais como o chileno José Antonio Kast, o ministro da Justiça de El Salvador, Gustavo Villatoro, e o ministro da Defesa da Argentina Luis Alfonso Petri.
O argentino também repetiu a frase tradicional de Bolsonaro, “Deus, pátria e família”, disse que “Justiça não é que todos sejam iguais, mas que todos possam desfrutar dos frutos do seu trabalho” e que “o socialismo do século 21 serve para beneficiar amigos no poder ”
— Quantos casos conhecemos de pessoas que cresceram da noite para o dia só porque eram amigas de alguém no poder? Justiça é poder ter uma vida melhor, justiça é que cada um seja dono da sua vida, que cada um possa ser arquiteto do seu próprio destino. (…) A cada dia fica mais claro que a pobreza é um instrumento para quem prega o socialismo. É impossível não reconhecer que hoje a Argentina sopra ventos de mudança. Você imaginou que teria alguém como eu como presidente? – Ele disse.
Ele também agradeceu a todos os presentes por “defenderem a liberdade”:
— A história dos seres humanos é a história da liberdade e não há nada que possa detê-la. Por fim, para os menos optimistas, que acreditam que a batalha está perdida, quero dizer que chegámos onde estamos sem qualquer estrutura ou apoio político, com a convicção de que não vale a pena viver sem liberdade. Então, hoje quero dizer que confie em você mesmo, esteja no comando do seu destino e tenha fé que se você fizer isso com convicção, você conseguirá alcançar seus objetivos. E isso começa agora, viva a liberdade!
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