Uma piscina foi instalada no bioma para armazenar água retirada do rio e usada para abastecer bombas costeiras
Além do combate aéreo a incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul, os bombeiros que atuam em solo utilizam água do rio Paraguai para apagar o fogo no bioma.
Centenas de brigadistas do Prevfogo/Ibama trabalham em terra em combate usando bombas de mochila, cada brigadista carrega 20 litros de água nas costas. Com piscinas instaladas no meio do Pantanal, as águias do Rio Paraguai servem de abastecimento para essas bombas, garantindo o trabalho das equipes que apagam as chamas na região de Corumbá.
Segundo o Ibama, a retirada de água ocorre de duas maneiras: uma delas é através do transporte de galões de água do rio que são transportados por veículos. A outra forma é colocar longas mangueiras que, por meio de um motor, levam a água do rio até as piscinas naturais no meio do Pantanal.
Segundo o Governo do Estado, o panorama no bioma continua cheio de dificuldades, principalmente pelas condições climáticas adversas após uma semana em que o clima foi favorável com aumento de umidade e redução de calor.
Os ventos fortes, que mudam de direção rapidamente, dificultaram significativamente as operações. Rajadas superiores a 30 km/h contribuem para o reacender das chamas em áreas já afetadas.
De acordo com a Nota Técnica do Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa), da UFRJ, todos os focos de calor do bioma nos meses de maio e junho foram causados pela ação humana. Não há registros de incêndios provocados por raios no período. Cerca de 85% dos focos de incêndio no bioma estão localizados em áreas privadas.
NÍVEIS DOS RIOS
O nível dos rios da bacia do Paraguai já está abaixo da média histórica e vem caindo rapidamente em algumas áreas nos últimos dias, em decorrência da falta de chuvas que atinge, sobretudo, a região da Pantaneira.
O principal rio da bacia, o Paraguai, pode ter sua navegabilidade comprometida caso as águas continuem baixando. Outros rios, como o Miranda e o Aquidauana, também já sentem os efeitos da estiagem prolongada.
Segundo informações do Governo do Estado, os piores níveis do Rio Paraguai nesta sexta foram registrados na estação Porto Esperança, neste momento são apenas 3% em relação à média histórica; Ladário, que também apresenta uma situação muito má, com 22% do esperado; e Porto Murtinho, com 37%. O Rio Miranda, em Miranda, tem apenas 38% do volume de água previsto para o período.
DESCOBRIR
O uso do fogo no Pantanal está proibido até o fim do ano, e quem descumprir a lei poderá ser punido com multa, apreensão de bens e prisão.
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