O Ministério da Saúde encerrou as atividades do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE). Instalado em fevereiro de 2024 devido à explosão de casos de dengue no país, o centro permaneceu ativo por 142 dias, para promover uma resposta coordenada, integrando as ações da secretaria com as dos estados.
“Superada a situação de emergência, o Ministério da Saúde mantém vigilância intensiva das arboviroses e trabalha no planejamento para prevenir novas epidemias no país”, informou o ministério.
Dentre as principais ações realizadas no âmbito do COE estão:
– visitas técnicas para apoio local nos seguintes estados: Goiás, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo, Amapá, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Acre;
– apoio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal e nos territórios indígenas Guarita (RS) e Xapecozinho (SC);
– investigação epidemiológica e entomológica em municípios com casos detectáveis de febre Oropouche nos seguintes estados: Amazonas, Acre, Roraima, Santa Catarina e Bahia;
– plataforma de vigilância epidemiológica de arboviroses em áreas indígenas;
Em nota, o ministério informou que, com o fechamento do COE, reativou a Sala Nacional de Arboviroses, que passou a funcionar permanentemente para monitoramento e combate aos casos de dengue, chikungunya, zika e febre Oropouche.
Plano
Ainda segundo o comunicado, a secretaria trabalha na construção do Plano de Combate à Dengue e outras Arboviroses 2024/2025, baseado na vigilância sanitária, gestão clínica, organização dos serviços de saúde, controle vetorial, lacunas de conhecimento para financiamento de pesquisas, comunicação e mobilização social.
Participam da elaboração do plano representantes de organismos internacionais, pesquisadores, gestores e sociedade civil, além do próprio ministério. A proposta é apresentar um conjunto de ações a serem implementadas no curto, médio e longo prazo.
“Os últimos anos foram marcados por registros importantes de mudanças climáticas. Como resultado, cerca de 90 países registaram um aumento no número de casos suspeitos de dengue. Os efeitos das anomalias meteorológicas, a grande extensão territorial e o elevado contingente populacional colocam o Brasil em posição negativa em números absolutos”, destacou o ministério.
“No entanto, estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, proporcionalmente, outros países apresentaram aumentos superiores ao observado no Brasil em relação ao mesmo período de 2023, como México, Paraguai e sub-região do Caribe”.
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