A Abcon, entidade que representa as concessionárias privadas de água e esgoto no país, estima que a Reforma Tributária poderá aumentar os impostos sobre saneamento em aproximadamente 18 pontos percentuais, caso a alíquota referencial seja fixada em 26,5%.
Atualmente, as empresas do setor pagam apenas PIS/Cofins, e não recolhem tributos municipais ou estaduais, como ISS e ICMS. Dados da Abcon indicam que, neste momento, o sector paga em média 9,74% em impostos.
No texto inicialmente aprovado pela Câmara, as empresas de saneamento ficaram isentas da cobrança do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que combinará cinco tributos atuais sobre o consumo —PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS. Houve, porém, um revés no Senado, que excluiu o setor da lista dos isentos de impostos.
— Não foi apropriado. O sector da saúde tem este benefício e é difícil compreender o raciocínio de que saneamento não é saúde. Qualquer investimento em saneamento acaba economizando cinco vezes em saúde. Para o setor, isso significa um aumento substancial da carga (tributária) — disse o presidente da Abcon, Roberto Correa Barbuti, em conversa com jornalistas sobre o Panorama da Participação Privada no Saneamento 2024, nesta quinta-feira.
Sabesp pode aumentar em 40% a presença do setor privado
Dados publicados esta quinta-feira pela associação indicam que as empresas privadas servem 52 milhões de pessoas e operam em 881 cidades, número que aumentou 203% desde 2020, quando foi aprovado o quadro legal do saneamento.
As empresas privadas atuam em apenas 15,8% das cidades, mas essa parcela deverá chegar a 22,2% com a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), representando um aumento de 40%.
A pesquisa mostra ainda que as empresas privadas destinaram 27% do total de investimentos do setor em 2022 —R$ 5,9 bilhões em recursos de um total de R$ 21,6 bilhões.
Atualmente, existem 194 contratos de saneamento envolvendo empresas privadas, a maioria deles em cidades com até 20 mil habitantes (29,1%). Em seguida, os contratos envolvem cidades entre 20 mil e 50 mil habitantes (23,8%), entre 50 e 200 mil habitantes (22,8%) e entre 50 e 200 mil habitantes (24,3%).
Além disso, 42% dos contratos estão concentrados no Sudeste, 24% no Centro-Oeste, 12% no Sul, 11% no Norte e 11% no Nordeste. Ainda segundo o estudo, os investimentos necessários para a universalização até 2033 são estimados em R$ 1,4 trilhão.
Veja também
ECONOMIA
Com a carne fora da cesta básica, o preço aumentará?
Brasil
Absorventes terão imposto zero na Reforma Tributária
empréstimo itaú pessoal
divida banco pan
refinanciamento de empréstimo consignado bradesco
taxas de juros inss
empréstimo de valor baixo
simulador de empréstimo consignado banco do brasil
quitar emprestimo fgts banco pan