O êxodo de dezenas de milhares de moradores do sul da Faixa de Gaza continuou nesta quarta-feira (3), em meio a temores de uma grande ofensiva israelense contra esta área do território palestino, alvo de bombardeios incessantes.
Na fronteira norte de Israel, o Hezbollah libanês disse ter disparado 100 foguetes contra duas posições israelenses em resposta à morte de um de seus comandantes em um bombardeio no sul do Líbano que atribuiu a Israel.
O movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, anunciou o envio de novas sugestões aos mediadores do Qatar para pôr fim aos oito meses de conflito no território palestiniano.
Israel confirmou que está a avaliar os “comentários” do Hamas sobre um acordo para a libertação de reféns raptados pelo movimento islâmico e que enviará uma resposta aos mediadores.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou ontem que o conflito na Faixa de Gaza não terminará até que os seus objetivos sejam alcançados: “a destruição do Hamas e a libertação de todos os reféns”.
No sul da Faixa de Gaza, dezenas de milhares de pessoas fugiram das zonas orientais de Rafah e Khan Yunis esta semana, depois de Israel ter ordenado uma evacuação em resposta ao lançamento de foguetes.
Segundo a ONU, a ordem afecta cerca de 250 mil pessoas e um terço do território palestiniano, e é a “mais importante desde Outubro, quando os residentes do norte de Gaza receberam ordem de evacuação” nos primeiros dias do conflito.
Desde então, “nove em cada dez habitantes de Gaza foram deslocados pelo menos uma vez”, o que representa 1,9 milhões de pessoas, disse a chefe do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), Andrea De Domenico. 96% da população de Gaza está em situação de emergência alimentar ou catastrófica”, alertou.
‘Sem-abrigo, comida e água’
Abdallah Muhareb, de 25 anos, residente em Khan Yunis, conta que já viajou diversas vezes dentro do território cercado por Israel, onde a ONU afirma que nenhum lugar é seguro: “Dormimos na rua, sem teto, comida e água , com bombardeios ao nosso redor.”
Israel não disse se haverá uma nova operação em grande escala no sul, mas as suas ordens de evacuação geralmente precedem as ofensivas.
A luta contra o Hamas foi retomada nas últimas semanas em regiões da Faixa de Gaza que Israel afirma controlar, principalmente no norte.
Cem foguetes
O conflito ameaça estender-se até à fronteira entre Israel e o Líbano, onde a violência entre o Hezbollah – um aliado do Hamas – e o exército israelita se intensifica. Este último confirmou ter matado um soldado do Hezbollah.
O movimento xiita anunciou, em resposta, que atacou duas posições israelitas nas Colinas de Golã, território sírio anexado por Israel, com 100 foguetes.
No norte da Cisjordânia ocupada, um ataque israelita deixou quatro pessoas mortas no campo de Nur Shams, segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana. O Exército israelense informou que as vítimas faziam parte de “uma célula terrorista” que plantou um artefato explosivo.
Confisco na Cisjordânia ocupada
Segundo um comunicado divulgado pela organização Paz Agora, ao qual a AFP teve hoje acesso, Israel aprovou no mês passado o confisco de 12,7 km² na Cisjordânia ocupada.
Quando a terra é declarada “propriedade do Estado”, os palestinos perdem os direitos à propriedade privada e ao uso dessa área, explicou a ONG.
A Peace Now acusou Netanyahu e o seu ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, de dar prioridade a “um punhado de colonos” em vez de acordos políticos para pôr fim ao conflito.
“Hoje é claro para todos que este conflito não pode ser resolvido sem um acordo político que estabeleça um Estado palestiniano ao lado de Israel”, destacou a ONG.
A ONU alertou que a aceleração de Israel na construção de colonatos ilegais desde o início do conflito na Faixa de Gaza, em 7 de Outubro, ameaça inviabilizar a criação de um Estado palestiniano viável.
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