O presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), afirmou que o setor espera um Plano de Safra “plausível”.
“Se o volume aumentar, se vier uma equalização maior, se conseguirem reduzir os juros, vamos aplaudir, mas não vamos aceitar que venha sem seguro ou que haja juros positivos. Queremos um Plano de Safra plausível que seja o necessário para atender o setor”, disse Lupion aos jornalistas após a reunião semanal da bancada.
Lupion sinalizou uma trégua em relação às críticas às políticas agrícolas do governo. “Essa frente parlamentar não está aqui só para criticar. Quando estiver correto, vamos aplaudir”, afirmou.
“Temos conversado muito (com o Ministério). Estivemos em missão oficial nos Estados Unidos na semana passada e fizemos uma reunião online com o ministro (da Agricultura, Carlos Fávaro) para falar de números. deste lado e eles de lá. Vamos ver se a gente consegue um denominador para um Plano Safra que atenda ao setor”, completou.
Questionado sobre como avalia os números já apresentados por Fávaro a respeito do Plano Safra, Lupion afirmou que a FPA ainda não tem um posicionamento claro sobre a política de crédito e que aguardará o anúncio oficial, amanhã, para ver os detalhes.
“Até agora não vimos seguros. Não sabemos quais serão os juros e valores de cada uma das linhas. Também não sabemos qual será o valor final”, afirmou. “Para equalização, pedimos R$ 21 bilhões e deve ficar em torno de R$ 16,7 bilhões. Para recursos, estamos falando de R$ 530 bilhões a R$ 560 bilhões e, se colocarem CPR na conta, deveria chegar a algo próximo disso, mas a RCP é um mercado”, ressaltou.
O Plano Safra 2024/25, para o período em vigor desde ontem, será divulgado amanhã em cerimônias no Palácio do Planalto, às 11h para a agricultura familiar e às 15h para a agricultura corporativa.
O Plano Safra 2024/25 terá R$ 475,56 bilhões em recursos disponíveis para financiar pequenos, médios e grandes produtores.
O valor é recorde e 9,7% superior ao oferecido na safra anterior, segundo anunciou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em entrevista exclusiva ao Broadcast Agro. Do valor, R$ 400,585 bilhões serão destinados à agricultura corporativa e R$ 74,98 bilhões à agricultura familiar.
Quanto ao seguro rural, Lupion afirmou que é decisão do governo ampliar o complemento orçamentário ao subsídio do seguro rural e anunciá-lo junto com a política de crédito rural.
“Se você ficar de fora, vamos criticar de forma contundente. Com o corte na faixa do Proagro, cerca de 40% dos produtores terão apenas o PSR como opção e os Estados que não ativaram o seguro agora estão ativando. vimos, ainda não há números para seguros”, acrescentou.
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