O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste domingo (30.jun.2024) que os ricos não precisam ter medo, porque o governo não vai “tirar nada de ninguém”. Ele defendeu que os empresários ganhassem dinheiro para contratar trabalhadores.
“Os pobres serão tratados decentemente. Queremos que as pessoas sejam respeitadas. Não queremos tirar nada de ninguém. Ninguém que é rico deveria ter medo de nós. Queremos que o empresário produza e ganhe dinheiro, porque, se estiver produzindo e ganhando dinheiro, vai contratar trabalho e pagar salário”, afirmou Lula.
Participou ao lado do prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) da entrega de moradias do programa Morar Carioca na Comunidade do Aço, no Rio.
O presidente declarou que, ao receber um salário, o trabalhador pode se tornar consumidor e a “roda da economia começa a girar”. Lula disse que muito dinheiro nas mãos de poucas pessoas significa pobreza, analfabetismo, fome, mortalidade infantil e miséria.
Ele afirmou que um pouco de dinheiro na mão de muitos “muda o jogo” da economia do país: “Todo mundo vai poder comprar um pouco. Todos poderão comer melhor. Todo mundo vai para a padaria. Todos poderão tomar um café. Todo mundo vai comprar alguma coisa e a economia gira.”
O governo Lula completou 1 ano e meio de terceiro mandato neste domingo (30 de junho de 2024). Ó Poder360 publicou uma série de reportagens sobre os principais acontecimentos que marcaram esses 18 meses. Leia abaixo:
- No 3º mandato de Lula, o risco fiscal aumenta e o dólar sobe 5,9%;
- A inflação está acima da meta e as projeções pioram para os próximos 2 anos;
- Em 1 ano e meio, Lula teve 10 derrotas significativas no Congresso;
- Do “bebê monstro” ao dólar: os discursos polêmicos de Lula em 1 ano e meio;
- Lula amplia capacidade de geração de energia, mas gás continua estagnado;
- Raiva pelo interesse e alegria pelo PIB: “De dentro para fora” de Lula
Apesar do Congresso estar vazio para as festividades juninas e de parte dos Três Poderes estar em Lisboa para o “Gilmarpalooza”, a semana não foi pacífica para o presidente. Lula questionou a necessidade de cortes de gastos e viu o dólar e os juros futuros subirem. A moeda norte-americana fechou a R$ 5,59, maior patamar desde janeiro de 2022.
Lula disse nesta sexta-feira (28.jun.2024) que quando nomear o substituto do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para comandar o BC, a partir de 2025, os juros estarão em outro patamar.
Na quinta-feira (27.jun.2024), Campos Neto concedeu entrevista a jornalistas para apresentar as projeções da autoridade monetária para inflação e PIB (Produto Interno Bruto). Ele respondeu às críticas que Lula fez durante a semana. Leia abaixo:
- Campos Neto relaciona os discursos de Lula ao trabalho “mais difícil”;
- Campos Neto nega ter sido convidado para ser ministro de Tarcísio;
- Meta proporciona previsibilidade e investimento de longo prazo, diz BC;
- Decisão do Copom conclui que reunião é técnica, diz Campos Neto;
- Vou sair logo e vão ver que fui treinador, diz Campos Neto;
- A intervenção no câmbio teria pouca eficácia, diz Campos Neto.
Na semana 2, Lula recebeu dados relevantes para as contas públicas:
- A receita atingiu R$ 203 bilhões em maio, valor recorde para o mês. De janeiro a junho, houve aumento real de 8,72%. No mesmo mês, o Tesouro Nacional registrou déficit primário de R$ 60,98 bilhões, o 2º pior da série histórica, iniciada em 1997. Os dados mostram maior expansão dos gastos em relação às receitas;
- a taxa de desemprego caiu para 7,1% no trimestre encerrado em maio.
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